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  • Foto do escritorCesar Henrique de O. Costa Jr

Oswaldo Cruz

Atualizado: 12 de ago. de 2023

O médico e cientista nasceu em São Luís do Paraitinga (SP), em 1872. Se formou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e já mostrava um alto interesse pela microbiologia, chegando a montar um pequeno laboratório em sua casa. Em 1897, foi para Paris estudar no Instituto Pasteur.


Ao voltar, assumiu a direção técnica do Instituto Soroterápico Federal na Fazenda Manguinhos. Lá, trabalhou para ampliar a atuação do trabalho, incluindo a pesquisa básica aplicada e a formação de recursos humanos. Reconhecido, chegou ao comando da Diretoria de Saúde Pública.


O desafio era o combate às principais doenças da época: febre amarela, peste bubônica e varíola. Para isso, adotou métodos como o isolamento dos doentes, a notificação compulsória dos casos positivos, a captura dos vetores, e a desinfecção das moradias.


Foi no combate contra a febre amarela, que teve de enfrentar seus principais problemas. Grande parte dos médicos e da população, na época, acreditavam que a doença se transmitia pelo contato com as roupas, suor, sangue e secreções de doentes.


Sua atuação provocou violenta reação popular, porém, em 1904 foi o ápice. Com o crescimento dos surtos de varíola, o sanitarista tentou promover a vacinação em massa da população. Toda a opinião pública foi contra, o que incitou uma rebelião geral conhecida como Revolta da Vacina.


As reformas foram consideradas impositivas e sem diálogo com a população. Mesmo assim, sua luta ganhou reconhecimento internacional. Além do trabalho de saneamento, ele foi responsável por reformar o Código Sanitário e reestruturar os órgãos de saúde e higiene do país.


Se tornou herói nacional e o instituto em que trabalhou passou a levar seu nome. Com a equipe do Instituto Oswaldo Cruz, estudou as condições sanitárias do interior do país e pela simples percepção da nossa atual situação, podemos compreender um pouco as dificuldades com as quais ele precisou conviver.


Além disso tudo, ele foi eleito para a Academia Brasileira de Letras e antes de morrer, com apenas 44 anos em 1917, foi prefeito de Petrópolis. Hoje, gostaríamos de trazer sua memória para homenagear todos os profissionais que estão na linha de frente do combate contra a COVID-19.

 

Para saber mais:


- Livro Oswaldo Cruz: a Construção de um Mito na Ciência Brasileira, de Nara Britto, publicado pela Editora Fiocruz;


- Matéria A trajetória do médico dedicado à ciência, no portal da Fiocruz.

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