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  • Foto do escritorTomás Paixão

O curioso formato da bandeira do Nepal

Atualizado: 17 de nov. de 2020


Antes da colonização no Sudeste Asiático, havia centenas de Estados independentes na região, cada um com uma bandeira de formato e design específico. Com a colonização e a imposição cultural britânica na Ásia, porém, a grande maioria delas desapareceu. Houve apenas uma exceção: o Nepal.


O país, diferentemente de seus vizinhos, não foi colonizado pelo Império Britânico. Apesar de discordâncias históricas sobre a razão deste fato e de diversos conflitos ocorridos durante o século XIX, é consenso que o Nepal permaneceu com mais autonomia cultural que outros países da região.


A origem da bandeira data de 1768, quando Narayan Shah conseguiu unificar o Nepal e decidiu criar um símbolo que mostrasse as características do novo reino. Além de seu formato triangular, ela possuía dois corpos celestiais com rostos, símbolos de dinastias que governaram o país no passado.


Em 1962, algumas pequenas mudanças foram feitas e o símbolo foi declarado oficialmente como bandeira nacional da nação, cuja importância é tão grande no país que na Constituição existem dados sobre sua simbologia e detalhes sobre como construí-la.


Acredita-se que seu formato triangular representa as montanhas que rodeiam o país. O sol e a lua representariam a esperança sobre a preservação e durabilidade do reino. Sobre as cores, o vermelho representaria a resistência histórica nepalesa e o azul a paz e a sabedoria do país.


Atualmente, a bandeira é motivo de orgulho para os cidadãos do Nepal e é utilizada como fonte de resistência anti-colonial e anti-imperialista na região. Além disso, o símbolo é fortemente explorado no turismo do país.

 

Para saber mais:


- Vídeo The story of the only triangular flag of the world, no canal do Nepal Tourism Board no YouTube;


- Texto Flag of Nepal, na página da Britannica;



- Matéria Why the British never colonized Nepal, no portal Asia Times;


- Matéria Por que a bandeira do Nepal é tão diferente das outras?, de Rafael Battaglie para a revista Super Interessante.

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