Já ouviu falar sobre o Instituto Cervantes? E a Aliança Francesa? Já se perguntou se existe um instituto desses sobre a cultura brasileira pelo mundo? Bom, ao menos a ideia do projeto existe e leva como nome "Instituto Guimarães Rosa", em homenagem ao diplomata, considerado o maior escritor brasileiro do século XX.
Institutos culturais são importantes para fortalecer o soft power do país e, no caso do Instituto Guimarães Rosa, seria importante para não apenas promover a cultura brasileira, mas para, oficialmente, haver institutos de ensino do português brasileiro pelo mundo.
A ideia surgiu a partir da nova gestão do Itamaraty, pretendendo converter os atuais centros culturais brasileiros em institutos, iniciando com 5 unidades, nas cidades de Lima (Peru), Londres (Inglaterra), Luanda (Angola), Nova Iorque (EUA) e Tel Aviv (Israel), em busca de um direcionamento mais harmonizado entre os projetos e visando amenizar dificuldades administrativas.
O secretário Sérgio de Toledo, um dos maiores especialistas de diplomacia cultural no Itamaraty e atual chefe do setor cultural da embaixada de Luanda, explica um pouco mais sobre a diferença entre os centros culturais e o Instituto Guimarães Rosa em live do @grupoubique sobre diplomacia cultural.
Basicamente, seria para aliviar a burocracia encontrada e poder reinvestir os lucros feitos nos próprios institutos, o que atualmente não é possível.
Centros culturais pertencem ao setor público, logo, devem seguir licitações rígidas e prestar serviços que, atualmente, podem chegar a atrapalhar os projejtos culturais pensados para o país-alvo, além de não ser permitido reaproveitar os lucros no próprio centro cultural. Assim, converter esses centros em institutos seria favorável por transformar um órgão de setor público em Pessoa Jurídica, dando maior liberdade, autonomia e agilidade entre as diferentes unidades de acordo com as necessidades do país que estiverem alocadas.
Foto: Posse de Guimarães Rosa na ABL, Arquivo Nacional, 1967
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