O processo revolucionário inicia-se no dia 25 de maio de 1810. O nome das ruas argentinas não deixa mentir: a Revolução de Maio marca uma segunda data de comemoração da Independência. Com a retirada do vice-rei espanhol e criação de uma junta local em Buenos Aires, começava-se a luta.
Mesmo que a junta tenha declarado lealdade ao rei espanhol Fernando VII — destituído por Napoleão e substituído por José Bonaparte —, as Províncias Unidas do Rio da Prata tiveram de resistir bravamente durante anos às ofensivas espanholas.
As Províncias Unidas do Rio da Prata não englobavam apenas o território da atual Argentina, mas também regiões como parte do Peru e do Uruguai. Os ideais revolucionários se espalharam rapidamente por estes locais e também a regiões vizinhas, onde sangrentas guerras ocorreram.
José de San Martín, um tenente-coronel que retorna à Buenos Aires em 1812 e se junta à luta revolucionária, seria um dos grandes líderes da causa de libertação do Rio da Prata. O chamado Libertador cria um exército organizado que batalharia pela libertação da Argentina, Chile e Peru.
Apenas em 1816, porém, a independência seria oficialmente proclamada. Com a volta ao poder de Fernando VII e seu desejo de restaurar as colônias nas Américas, representantes das províncias decidem se reunir, deixar de lado atritos do passado e discutir ações a serem tomadas.
À medida que as tropas espanholas avançavam, decisões duras tiveram de ser tomadas. Em 9 de julho, os deputados presentes no Congresso de Tucumán declaram a independência das Províncias Unidas do Rio da Prata frente à Coroa Espanhola, em documento escrito em espanhol e quéchua.
O ano de 1816 marcaria também outro fato importante para a luta pela libertação da Argentina e de outras colônias latino-americanas: a criação do plano continental de San Martín. A organização do Exército dos Andes consolidaria a independência da região nos anos seguintes.
Para saber mais:
- Livro História da América Latina, de Maria Ligia Prado e Gabriela Pellegrino, publicado pela Editora Contexto;
- Livro História do Cone Sul, de Amado Luiz Cervo e Mario Rapoport, publicado pela Editora Revan;
- Livro História da Nação Latino-Americana, de Jorge Aberlardo Ramos, publicado pela Editora Insular;
- Livro Os Argentinos, do jornalista Ariel Palacios, publicado pela Editora Contexto;
- Vídeo História da América Independente (Parte 1), no canal da UNIVESP no YouTube;
- Texto 9 de Julio: Día de la Independencia Argentina, na página oficial do governo argentino.
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