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  • Foto do escritorFelipe Vidal

Frente Sandinista de Libertação Nacional

Atualizado: 12 de ago. de 2023


O dia 23 de julho de 1961 marca a fundação da Frente Sandinista de Libertação Nacional, organização política da Nicarágua que se encontra à esquerda no espectro político local e hoje ocupa o cargo de presidência no país, através da figura de Daniel Ortega.


Inicialmente chamado apenas de FLN, por clara inspiração na Frente de Libertação Nacional, que batalhava na Argélia por sua independência da França, o movimento nicaraguense adotou a alcunha de “sandinista” apenas em 1963, em referência a Augusto César Sandino, um notável revolucionário que resistiu às invasões estadunidenses ao seu país na década de 30.


O surgimento do partido possui laços significativos com outros movimentos revolucionários que ocorriam simultaneamente no mundo, mas especialmente na América Latina, como por exemplo a recém encerrada Revolução Cubana. Adotando técnicas de guerrilha semelhantes àquelas praticadas por cubanos, os sandinistas adquiriram armas e passaram a representar a principal força de resistência contra a ditadura da família Somoza, a qual liderou o país entre 1956 e 1979.


Com o triunfo revolucionário em 1979, a FSLN não demora a chegar ao poder, elegendo Daniel Ortega para seu primeiro mandato presidencial em 1984, cargo esse que exerceu até 1990. No entanto, após um longo e conturbado período de frágil redemocratização, Ortega retornou ao poder em 2007 e hoje, depois de 13 anos consecutivos como presidente e com sua esposa como vice, sua imagem é um tanto fragilizada.


Um círculo vicioso formado por críticas crescentes contra ataques do governo à liberdade de expressão e aumento da repressão governamental contra essas críticas acaba por espirrar também na imagem do partido, cuja perpetuação no poder já é associada a outros exemplos de governos ditatoriais. A atualidade do debate ainda nos impede de tirar maiores conclusões, mas os fatos históricos e a relevância do movimento na política local jamais serão apagados.

 

Para saber mais:


- Vídeo O que foi a revolução sandinista?, no canal do Opera Mundi no YouTube;


- Livro Adiós muchachos: A história da Revolução Sandinista e seus protagonistas, do nicaraguense Sergio Ramirez, publicado pela Editora Record;


- Livro A Revolução Nicaraguense, de Matilde Zimmermann, publicado pela Editora Unesp.

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