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  • Foto do escritorFelipe Vidal

5 filmes mexicanos de Chespirito

Atualizado: 11 de ago. de 2023

De uma forma quase inexplicável, as produções televisivas do mexicano Roberto Gómez Bolaños se tornaram parte obrigatória da vida de toda uma geração na América Latina. No caso dos brasileiros, assistir Chaves — uma tradução questionável do original Chavo del Ochoe/ou Chapolin Colorado se tornou quase um ritual nas tardes dos anos 90.


Tão genial quanto controverso, o ator e diretor recebeu desde cedo a alcunha de Chespirito, uma referência à sua baixa estatura e sua comparação com Shakespeare. Alcançou o posto de celebridade não só em seu país de origem, como também realizava turnês internacionais dignas de rockstars juntamente com seu reconhecido elenco fixo. Originalmente exibidos entre as décadas de 70 e 80, seus programas mais famosos chegaram a ter destaque no horário nobre mexicano e até pouco tempo tinham suas reprises inquestionáveis nas grades dos mais diversos países da região.


No entanto, não só de clássicos viveu o mestre e algumas de suas produções tiveram menor repercussão no Brasil, muitas vezes até mesmo pela falta de dublagem. Seguindo a mesma fórmula de suas obras televisivas, os filmes de Bolaños são comédias repletas de humor físico, contam com boa parte do elenco mais célebre de Chaves e o roteirista no papel de um atrapalhado herói improvável.

 

Don Ratón y Don Ratero (1983)


A história dessa comédia se passa no México dos anos 20, onde duas gangues de assaltantes sustentam uma guerra velada entre si. A primeira gangue é comandada por um célebre bandido, Rufino Rufião, que tem suas ordens supervisionadas por sua mãe, uma senhora que busca manter a aparência tranquila enquanto ordena a eliminação de seus rivais. Já a segunda gangue é comandada por um bandido bem menos preocupado com refinamentos, mas igualmente perigoso, o temido Kilos. Um membro da gangue de Kilos morre de maneira estranha em sua casa, enquanto um exterminador de ratos acabava com as pragas que enfestavam o local. O problema começa quando o contratado é confundido pela gangue rival com um assassino frio, quando ouvem acerca de seus feitos aniquilando ratos.


 

El Chanfle (1979)


El Chanfle é talvez o filme mais conhecido dessa lista, inclusive é a produção originalmente citada no episódio de Chaves em que a dublagem brasileira utilizou o bordão "Teria sido melhor ir ver o filme do Pelé!". Uma das curiosidades da obra é que todos os atores que trabalharam com Bolaños em Chaves e Chapolin estão presentes. Em 1979, Carlos Villagrán (Quico) e Ramón Valdés (Seu Madruga) haviam deixado o elenco fixo das séries televisivas e acabaram nunca contracenando com Raúl Padilla, o preguiçoso carteiro Jaiminho. Portanto, pode-se dizer que este filme foi o único projeto que reuniu o elenco completo.


No enredo da produção, Chespirito interpreta El Chanfle, que é roupeiro do América, um dos mais populares clubes de futebol do México e time de coração do mestre. Um homem de honradez ímpar, o funcionário não aceita se corromper nem mesmo sob as ordens do treinador da equipe. Sua esposa, Terê (Florinda Meza), sofre com a ideia de ser mãe, pois ainda não conseguiu realizar o sonho após quase dez anos de casados e dessa vez tenta concretizar os planos antes da final do campeonato.


 

El Chanfle 2 (1982)


Continuação direta do filme anterior, El Chanfle 2 dá prosseguimento à história do roupeiro, porém dessa vez com o futebol um pouco mais no pano de fundo e um ar mais aventuresco. Tudo começa quando o personagem assiste inocentemente a uma partida de seu clube e o presidente o ordena a ir recepcionar o treinador, que está retornando da Argentina. Nessa ocasião, El Chanfle recebe uma bola de recordação, mas logo percebe algo estranho na mesma. Rapidamente o humilde funcionário se vê envolvido em uma enorme confusão de contrabandos escondidos nos mais inusitados objetos.


 

Charrito (1984)


Charrito (Roberto Gómez Bolaños) interpreta um vilão de um filme de ação do velho oeste que está sendo gravado em um pequeno vilarejo. O ator é totalmente desastrado e consegue irritar constantemente o diretor, interpretado por Rubén Aguirre — famoso pelo icônico papel do Prof. Girafales. A atriz Estrellita Perez (María Antonieta de las Nieves) ganhou o papel principal pois seu pai é o produtor do filme, e, por conta disso, ela se acha superior a todo resto do elenco. Em determinado momento Charrito apronta mais uma e captura bandidos reais, os Irmãos Brothers, enquanto isso, muitas confusões acontecem quando o galã da produção tenta fugir das mãos dos temíveis vilões.


 

Musica de Viento (1989)


Na história da comédia dramática, Quevedo (Roberto Gómez Bolaños) é um solteirão de 50 anos, educado, cavalheiro, inteligente e trabalha numa imobiliária, onde cuida das relações públicas da empresa. Valentina (Florinda Meza), a copeira da imobiliária, começa a desconfiar que Quevedo é solteiro porque é "todo uma dama", como ela mesma diz. A verdade é que ela não entende nada de cavalheirismo e por isso estranha as atitudes de Quevedo. Tudo começa quando um cliente enfurecido vai até o escritório para assassinar o dono da imobiliária, pois o mesmo perdeu toda sua fortuna em um negócio. Quevedo intervém e com o susto ao ver o revólver em sua frente deixa escapar um pum. A partir desse momento, toda vez que Quevedo vê um revólver desencadeia um alto e musical som intestinal, uma verdadeira Musica de Vento.



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